Como exemplo, cita os gastos em pesquisa e desenvolvimento que nos Estados Unidos são contabilizados como despesa. Tal poderia ser aceito apenas do ponto de vista do credor, uma vez que não há garantia do retorno do que a empresa gasta para desenvolver uma nova tecnologia. O investidor, por sua vez, tem uma visão diferenciada julgando que as ações da empresa irão se valorizar já que os recursos aplicados irão retornar no longo prazo, sob a forma de aumento de produtividade e novos produtos, gerando o aumento dos lucros. Em relação ao cenário internacional vive-se um momento histórico com a evolução do processo de convergência das normas contábeis, coordenado pelo International Accounting Standards Board – Comitê Internacional de Padrões de Contabilidade – podendo representar uma grande revolução para a ciência contábil. Uma das grandes exigências também a nível internacional é a maior transparência das empresas. De acordo com o Presidente da Bolsa de Valores de São Paulo, Raimundo Magliano, em palestra proferida na reunião da United Nations Conference on Trade and Development, realizada em São Paulo em 14 de julho de 2004, as empresas precisam ter maior visibilidade para que possam desempenhar seu papel na sociedade.
Como a tecnologia oferece condições para diminuir as falhas humanas, tornou-se muito mais difícil ter problemas como a perda de dados, por exemplo. Isso é importante, pois evita o descumprimento de obrigações tributárias, multas e fiscalizações. Com a tecnologia, empreendimentos, em geral, têm tido mais facilidade para criar um relacionamento interessante com seus consumidores e, assim, fidelizá-los. O chamado ERP — sigla para Enterprise Resource Planning, ou Planejamento dos Recursos da Empresa, em português — permite trabalhar com todas as operações que fazem parte da rotina de uma companhia, considerando questões administrativas e operacionais, de maneira simples e organizada. No setor contábil, essa tecnologia abriu espaço para o surgimento de agências que atuam 100% de maneira online, uma tendência que cresce cada dia mais no Brasil.
Agora que o profissional contábil não perde mais tempo com as obrigações acessórias, ele tem tempo para focar em seus clientes, nas suas dores e expectativas. Tem tempo de analisar suas situações e sugerir escolhas e caminhos para que o cliente empreendedor tenha condições de fazerem as melhores decisões para seu negócio. Como comentamos no início do artigo, porém, tantas novidades demandam atualizações constantes e contínuas do profissional de contabilidade para que estes avanços possam ser implementados com segurança e propriedade nas empresas. Programas de informatização dos processos implementados pelo Governo, como por exemplo o eSocial e os modelos de escrituração digital bem como a possibilidade de emissão de notas fiscais eletrônicas, já facilitam a vida de muitas empresas e dão maior poder de fiscalização ao Governo Federal, aos Estados e Municípios.
A geração de relatórios e a possibilidade de cruzar dados, integrando diferentes setores de uma firma, também é realidade em muitas das opções existentes no mercado, facilitando em muito o trabalho dos funcionários que alimentam o sistema e dos contadores que sistematizam e interpretam as informações auxiliando nas estratégias e tomadas de decisões. Com toda essa participação no projeto, o contabilista tem a sensibilidade de conhecer, profissionalmente, todos aqueles que estão envolvidos no processo; terá a oportunidade de passar conhecimentos contábeis e de conhecer a empresa como um todo.
Pensar Contábil
Sistema de Gerência ou Gestão Financeira- é um sistema que geralmente centraliza informações da Contabilidade, faturamento, contas a pagar e a receber, tesouraria, sendo que essas atividades são desenvolvidas em cada área específica, e gerenciadas pela administração financeira ou controladoria, dependendo da estrutura adotada na empresa. Em 1812, o matemático Babbage dá um segundo passo quando ao consultar tabelas de logaritmos percebeu a existência de erros e decidiu construir uma máquina para computar tabelas matemáticas. Ele só não esperava que ao criar comandos específicos, sua máquina não se comportasse apenas como uma simples calculadora, mas como uma máquina analítica Contabilidade em Mogi das Cruzes que podia ser programada, tanto que em 1859 quando finalmente foi construída foi adotada por várias empresas e companhias de seguros. Conforme se pode observar, o autor comenta sobre uma não atuação das “associações de Contadores”, “até um passado recente” em propor e editar normas, lacuna esta que fora suprida pelos órgãos governamentais. Além disto, cita a baixa qualificação dos profissionais contábeis, apesar de comentar que tal aspecto apresenta “sinais evidentes de progresso” (Iudícibus, 2000, p. 39). Sobre a valorização que as pessoas em geral dão à profissão contábil, outro fato identificado refere-se as que os próprios profissionais dão à sua profissão.
O contador deve estar muito atento para que não haja nenhum erro nos dados encaminhados para o setor público. Ao executar essa iniciativa com eficiência, o profissional será reconhecido pelo trabalho executado e terá mais possibilidades de aumentar a carteira de clientes.
Esse diálogo poderá propiciar um aumento da valorização da Contabilidade e do profissional. Para os profissionais da contabilidade que preparam Demonstrações Contábeis, essa nova Demonstração poderá ampliar o seu foco de atuação, inclusive aproximando-os mais da administração. Desse modo, poder-se-á deixar de concentrar de forma exclusiva na normatização oficial para procurar formas diferenciadas de retratar a realidade. Como exemplo, tem-se a evidenciação dos Ativos Intangíveis formados pela empresa e dos Ativos Contingentes.